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QUARTA-FEIRA, 25 DE FEVEREIRO DE 2015 | 13:43
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Preço da carne bovina dispara no país
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Um dos principais itens da cesta básica do brasileiro, a carne tem sofrido aumentos bruscos no valor que atingem diretamente o consumidor final. Segundo especialistas, a arroba nunca chegou a um patamar tão alto na história. Embora os produtores e frigoríficos tenham sentido o impacto deste reajuste, o preço nas prateleiras ainda é questionável no setor.
Os fatores para a alta do valor são diversos. De acordo com o gerente de projetos da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Fábio da Silva, este fenômeno é um reflexo de meados de 2009 e 2010.
“O produtor iniciou o processo de abate da carne bovina de fêmeas, que são a matriz por serem reprodutoras. Esta escolha se dá pelo fato de que a carne do bezerro não estava remunerando os produtores regularmente, com isso houve prejuízos. No entanto, este ano se deu o reflexo disso, pois há falta de matrizes no setor”.
Silva analisa que aquele bovino reprodutor abatido poderia ter gerado o bezerro que, dois a três anos mais tarde, se tornaria um boi gordo pronto para o abate. Um ciclo que foi interrompido devido ao mau planejamento do setor.
“Só agora o mercado está sentindo. O valor chegou a R$ 130 por arroba, o maior valor já registrado na história da economia local. O produtor vende mais caro para o frigorifico, que vende mais caro para o varejo. E este valor vai ser repassado nas prateleiras”.
E a tendência é que este valor ainda indique aumento e instabilidade. “Pelos cálculos já realizados até o ano passado, este ano é a pior oferta do boi. A expectativa, infelizmente, é que haja instabilidade no mercado. E tudo indica que haverá aumento de preço na arroba, no entanto não dá para prever de quanto será”.
Embora haja este aumento tanto para os produtores quanto para os frigoríficos, Fábio disse que ainda há um estranhamento no setor. Ele explica que o preço na produção da indústria varia em torno de 0,5%, enquanto o preço ao consumidor final refletiu uma alta de 5%.
“É algo que os produtores e as indústrias questionam, já que o aumento não foi exorbitante desta forma. A associação tenta discutir com o mercado do varejo, por não entender por que a variação do mercado é maior”.
Fonte: Circuito MT
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